De Alberto Caieiro, "em Pessoa":

"Pensar incomoda como andar na chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais"

16/09/2011

Tomando cuidado...

O interregno já foi maior porque fica cada vez mais difícil selecionar algo que valha minimamente a pena e que eu já não tenha incluído aqui. 

Nada sairá dos nossos corações
enquanto cada raio de luz da razão não
fizer adormecer as nossas dúvidas.

Nada brotará em nossa sensibilidade
enquanto cada gota de lágrima do mundo
não fizer-se drama universal.

Tantas mãos
separadas por um vazio de motivos,
toda angústia
e mágoas viciadas em negação.

E a distância...
Eterna distância que apavora
e nos isola
e nos desola
e nos desune...
Pasmadoramente, desune e
faz com que as mãos, além de separadas,
crispem-se no desolável receio da compaixão.

Nenhum comentário: