Mas um ligeiro equívoco me fez vencer a preguiça e recolher um escrito que nem considero dos mais... Elogiáveis... Ou aceitáveis... Enfim. Foi no dia em que recebi uma ligação na qual me informaram a morte de um sujeito que eu achava que nos tinha muito a dizer, e conseguia. Era 11/10/1996
A UM POETA
O Sol brilha,céu de brigadeiro.
O dia não chora, o dia
não sabe...
Uma asa quebrada a mais,
menos um voo no vão de minha percepção.
Outro homem que se foi,
pleno de coração.
Sabe-se lá onde está agora,
talvez na companhia daqueles que,
um dia,
foram dele os ídolos que ele foi.
Poucos restam...
Sua imortalidade será fogo-fátuo,
ressoar de sua voz
na emoção e também na razão
de alguns pobres jovens iludidos
por suas palavras. Sentimentais?
Passionais? Irônicas? Infelizes?
Não sei.
O pássaro cai, adeus!
Amanhã nascerão flores onde
as palavras semearam esperança.
O dia ou noite,
nos braços da mágoa de mais um
imortal poeta,
sacrificará a esperança de novas palavras
dizendo não ao sorriso ou
ao desespero de quem tanto aguardou.
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