A produção, hoje, é fortuita, ocasional, escassa. Não tem o que escolher, é só reproduzir...
Confusa sensação de aridez!
Como se uma profícua usina
de imagens, expressões,
sons e visões
se esgotasse com a rapidez
que a relatividade determina.
Um singelo segundo, apenas,
cada vez mais meteórico e pungente
quanto mais parece que a mente
se entope de metafóricos esquemas.
Ao mesmo tempo, vem o desuso
que de inútil não permite o novo;
total prevalência do ócio, um abuso
que eleva a condição do parvo.
Fim neste meio que sodomiza o saber,
entorpece valores,
idolatra o falso prazer
descortinando este palco de horrores.
De Alberto Caieiro, "em Pessoa":
Quando o vento cresce e parece que chove mais"
Um comentário:
Belo Poema!
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