Corro o risco de tornar repetitivo pelo tema. Fazer o quê, provocação dos dias - ou noites - que tenho vivido este ano...
Toda alvorada renovada
reabre, com ou sem sorriso,
a mesma estrada marcada
pelo tom que vem do improviso.
Impávidas e fúteis certezas
das vidas inúteis em correntezas
de lágrimas doces,
de lástimas dóceis
no despudor da ignorância
contra a dor...
Tanta dor,
tantas dores despropositadas
por causas sem sentido,
pelos valores distorcidos
no qual minha imiscuidade
é força do labor,
obrigação,
sensação de responsabilidade
sobre a flor que, é certo,
não desabrochará no deserto.
De Alberto Caieiro, "em Pessoa":
Quando o vento cresce e parece que chove mais"
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