Insensatez.
Ah,
sentimentalidade, mentira
ah, calamidades!
É, solidão...
A alegria parte e
abandona a alma
resta o sonho
só tortura da
consciência mais forte.
Esperança,
palavra podre
significado
vazio, não há o que reste
das lágrimas e do
medo.
Quando alguém te
deixa só
não te pareces
que já te conheces?
Quando alguém
premedita uma atitude
veja a canção
comum e a rima pobre.
Não te apresses
o tempo é tão
grande quanto o mundo
o tempo é tão óbvio
quanto o homem
o tempo é o homem
em círculos.
E se tu
premeditas, se a solidão é
tão singela
quanto o medo da morte
qual o problema
do abandono
do enorme mundo
em torno de ti?
Tu, quem és?
És o mundo? O
tempo? O homem?
Ou tu sou eu?
Talvez eu sejas tu! Talvez
eu me esqueça.
Talvez desfaleça...
Mas a atrofia de
minhas mãos
não impede que
minha memória se agite.
O frio dos pés
não enregela o coração. Eu entrego então
o sim e o não,
até outra hora, até o dia do perdão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário