De Alberto Caieiro, "em Pessoa":

"Pensar incomoda como andar na chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais"

23/02/2012

Essa é recente.

A produção, hoje, é fortuita, ocasional, escassa. Não tem o que escolher, é só reproduzir...

Confusa sensação de aridez!
Como se uma profícua usina
de imagens, expressões,
sons e visões
se esgotasse com a rapidez
que a relatividade determina.

Um singelo segundo, apenas,
cada vez mais meteórico e pungente
quanto mais parece que a mente
se entope de metafóricos esquemas.

Ao mesmo tempo, vem o desuso
que de inútil não permite o novo;
total prevalência do ócio, um abuso
que eleva a condição do parvo.

Fim neste meio que sodomiza o saber,
entorpece valores,
idolatra o falso prazer
descortinando este palco de horrores.

Um comentário:

Ana disse...

Belo Poema!