Traz de uma frase vazia
o mais constante verbo.
Realiza, empobrecido da verdade,
a transformação indesejável do nada para
a flor mais estuporada e malcheirosa.
Seus olhos estarrecidos com a revelação do absurdo
memorizam o contemporizador instante
da estupidez ininigualável.
Treme, dança em papéis,
simula telepatia e, por um instante único
e distante do tumor,
carrasco e excrescendo do fim dos dias.
Sua mão esbranquiçada, falecida,
segura o que julga a última arma:
não há quem deseje voltar
a Lua não substitui o Sol
e o frio congela a esperança.
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