Foi uma releitura.
Espetacular. Poderia acabar por aqui, mas vamos lá... Reler é ainda mais espetacular do que ter lido pela primeira vez.
Já falei do autor: http://www.soexperimentos.blogspot.com.br/2012/10/resenha-eu-sou-o-mensageiro-messenger_20.html
O australiano Zusak deve ter feito aqueles cursos de graduação, muito comuns nos EUA, para formação de escritores. Mas acontece que, se isso serviu para torná-lo o escritor que ele é, que bom!! Pois, se ele já tinha demonstrado uma habilidade para técnicas narrativas diferenciadas no "Mensageiro...", na "Menina..." ele se sobressaiu. É técnica de best-seller, indiscutivelmente. Mas serviu à história. E, ah, a história...
Fiquei inconformado com o final do livro. Inconformado simplesmente porque ele acabou, porque não teria mais a história. E um final perfeito, com uma frase final que é um avassalador nocaute.
Livro belíssimo, tocante. As cores e o cinza. O amor mais sincero que nunca se demonstra. Maturidade à forceps. A generosidade na pobreza. Amores infantis. Sobrevivência, apego ao fato de estar vivo. O eterno combate contra o maior dos oradores, no meio dos sonos, inclusive àqueles de dias pós dias. Outro lado da Alemanha sob o nazismo (um lado que o maniqueísmo consciente ou inconsciente nega a todo custo).
Um bom punhado de personagens fantásticos, viscerais, humanos, de corações cheios e quentes. Até a narradora da história (não é humana), mostrou um lado humano (segundo ela mesmo, será??) gigantesco. Grande o esforço para resistir a tentação de pinçar várias e várias frases espetaculares, mas o que adiantaria fora do contexto?
Quantas lágrimas, e quanta vontade de continuar a derramá-las, mas o livro acabou...
Nas edições até aqui da Editora Intrínseca, até a capa é espetacular, perfeita - mas isso você só percebe, só entende, após a leitura.
Ah, não leu ainda? ´Tá esperando o quê?
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