De Alberto Caieiro, "em Pessoa":

"Pensar incomoda como andar na chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais"

08/02/2014

A angústia da incompreensão.

Correr a caneta, ou
que seja o lápis,
ainda a língua ou
talvez as mãos.
Sai o que se espera, mas
entende-se o que quiser - e
não há queixa, apenas o marco
definido da incoerência ou 
incompetência de quem a que
se destina.

Subjetivos...

Confuso.
Melhor quem queira calar
(será?)
ou dedicar, 
na fogueira, no altar
a primeira frase,
a paráfrase
que não sabe perdoar.

Amanhã, 
apenas outra jornada
de inapetência, vitimada
de incompreensão, dotada
e constantemente em luta, 
porém - irritantemente -
aparentemente vã.

Um comentário:

Lu disse...

Traduzir em palavras um sentimento tão meu. Pelo menos ainda nos salvamos pela poesia. Obrigada...